Professor de países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em início de carreira, tem em média, uma remuneração anual de US$ 29,8 mil (R$ 110,8 mil).
A comparação é feita entre a remuneração inicial do docente nesses países e o piso salarial do professor no Brasil, fixado em lei federal. Em ambos os casos, o professor leciona em turmas de anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano).
O valor pago a esse docente é de US$ 12 mil, no Brasil, ou 40,2% do salário pago ao mesmo profissional nas 34 economias mais desenvolvidas do mundo. Países como Dinamarca e Suíça chegam a pagar mais do que o triplo da média nacional.
Presidente do Inep , Chico Soares destaca que a remuneração do professor sofreu melhoria expressiva a partir da definição de um piso nacional. “Desde que ele começou, professores tiveram ganho real de 45%. Isso nos coloca numa posição mais confortável”, afirma. Ele argumenta ainda que a comparação é feita com nações mais ricas e desenvolvidas, com maior histórico de investimento em educação.
“Estamos acelerando o passo, mas é uma dívida muito grande. Sim, falta muito. E sim, fizemos muito”, afirma o presidente do Inep.
Do total de gasto público do Brasil, 17,2% são destinados à educação. O percentual é superado apenas por outros dois países, de um total de 46 listados (a média da OCDE é pouco abaixo de 12%). Ao mesmo tempo, o gasto público por aluno no país continua modesto em comparação às demais nações: esse desembolso anual é de US$ 3.441 no Brasil e quase três vezes maior nos países da OCDE (US$ 9.317).
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sinproep-DF com informação da Folha de S. Paulo