Acabar com FGTS para demitidos sem justa causa é mais uma agressão aos direitos dos trabalhadores

Governo Bolsonaro na sua caminhado de retirada de direitos dos trabalhadores quer acabar com liberação de FGTS em demissão sem justa causa

Um pacote de ações chamado de estruturante, onde a principal é a liberação dos recursos das contas ativas do FGTS, o governo avalia acabar com saque automático do fundo nas demissões sem justa causa, segundo fontes a par das discussões.

O FGTS foi criado em 1966. Numa medida da ditadura, para acabar com a estabilidade a que o trabalhador da iniciativa privada tinha direito quando completava mais de 10 anos de serviço na mesma empresa. Essa ação foi absorvida pela Constituição de 1988. A ideia era assegurar uma proteção financeira ao trabalhador.

Hoje, para quem é trabalhador com carteira assinada, regido pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), o FGTS serve como seguro no caso de demissão.

A ideia é permitir o saque controlado, uma vez por ano, na data de aniversário dos cotistas. Em contrapartida, o governo estuda melhorar a rentabilidade do Fundo. Hoje, a rentabillidade dos recursos é de 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR) que está zerada.

Outra ideia é dar uma nova destinação à multa de 40% paga pelos empregadores nas demissões sem justa causa. Os recursos poderiam ser transferidos para um fundo público com objetivo de ajudar a formar uma poupança, que poderia ser utilizada na aposentadoria.

Para implementá-las, no entanto, será preciso alterar a Lei 8.036/1990 que trata do FGTS. A ideia era anunciá-las nesta quinta-feira, mas há dúvidas se o pacote estará pronto para ser divulgado.

Fonte: Blog Et Urbs Magna