O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF), vem a público externar o seu descontentamento após as declarações do governador Ibaneis Rocha, no início da tarde da última quinta-feira (10). Foi anunciada a chegada de mais 36 mil doses de vacinas ao Distrito Federal e que serão destinadas aos profissionais da educação da rede pública, sem citar a rede particular.
Como é do conhecimento público, os profissionais da educação privada do DF, desde setembro do ano passado estão desempenhando suas funções de forma presencial, se expondo ao contágio da COVID-19, o que ocasionou a mortes de dezenas de trabalhadores nesse período.
Em vista dessa situação, o Sinproep-DF recorreu à Justiça e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), e conseguiu que a vacinação do setor privado fosse iniciada no dia 21 de maio, na Unidade Básica de Saúde 1 do Guará.
O Sinproep tinha a expectativa de que a vacinação ocorreria em ritmo acelerado. Mas de acordo com levantamento realizado pelo sindicato, até o dia 8 de maio, apontava que apenas 13,94% dos professores da rede privada foram vacinados no Distrito Federal.
Após as denúncias de lentidão na imunização, em encontro com a diretoria do Sinproep, o secretário de Educação Leandro Cruz, garantiu que seriam destinadas 8 mil doses para a categoria neste fim de semana. O objetivo é finalizar o grupo de profissionais das instituições parceiras com o GDF e as creches privadas, conforme cronograma.
O Sinproep lamenta as declarações do governador Ibaneis Rocha, ficando claro a discriminação entre o trabalhadores da rede pública e privada. A opinião externada pelo Sinproep sempre foi da necessidade da vacinação em conjunto para o retorno seguro às aulas presenciais.
Nesse sentido, repudiamos a decisão do governo do Distrito Federal e acionamos o nosso Departamento Jurídico para recorrer ao MPT, para fazer valer o cronograma de vacinação do segmento privado de educação do DF. São profissionais que, desde setembro do ano passado, estão colocando em risco a saúde e a vida para cumprir a sua obrigação social com a população.
Somos a favor da vacinação imediata de todos os profissionais da educação. Tanto pública quanto privada, da mesma forma que ocorre em outros locais como São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Belo Horizonte. Afinal, vidas humanas têm o mesmo valor.
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