Basta de desemprego crescente, de retirada de direitos, de privatizações. Basta de política de preços da Petrobras, com reajustes diários. Basta de sucateamento da educação, saúde e serviços públicos. Basta de ataque ao direito de aposentadoria e aos direitos dos aposentados. Basta dos retrocessos imputados pela reforma trabalhista e pela lei que libera a terceirização irrestrita. Basta da tentativa de asfixiar o movimento sindical. Basta da prisão arbitrária do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesta sexta-feira, 10 de agosto, os trabalhadores e trabalhadoras do setor privado de ensino se juntaram às outra categorias em paralisações, atrasos de turnos, panfletagens, diálogo com a população e manifestações em diversas cidades para dizer BASTA ao governo ilegítimo de Michel Temer e sua política regressiva. Em São Paulo, maior cidade do país, professores e técnicos administrativos participaram do ato em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) — entidade-símbolo do golpe que tomou de assalto o Brasil — para exigir a revogação das reformas e a libertação de Lula. A coordenadora-geral em exercício da Contee, Madalena Guasco Peixoto, esteve presente e destacou a participação da categoria não só na capital paulista, mas também nos vários estados.
No Rio de Janeiro, professores e professoras se reuniram com outros trabalhadoras em protesto na Praça XV. O basta aos retrocessos na educação também esteve em pauta durante o dia. Segundo o coordenador da Secretaria de Finanças da Contee, José de Ribamar Virgolino Barroso, foi cancelada a audiência pública que aconteceria em Belém do Pará sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Estudantes e trabalhadores em educação transformaram a ocasião em ato político contra a reforma do ensino médio.