Sinproep participa do Conatee Extraordinário que na análise de conjuntura prega a importância da unidade

Delegação representativa do Sindicato participa desse evento que tem como objetivo, nesse momento em que o movimento sindical sofre terríveis ataques do governo, Organizar –Resistir – Fortalecer

“Messias: presente!”

Na tarde dessa quinta-feira (25), foi aberto o 3° Congresso Extraordinário da Contee, batizado, por unanimidade, de Messias Simão Telecesqui, em homenagem ao companheiro de luta sindical falecido em junho. Messias foi um dos fundadores do Sinpro ABC, foi diretor do Sinpro Minas e da CTB e esteve presente na construção da Confederação, como lembraram os dirigentes de cada uma dessas entidades, que recordaram como a história de Messias se confunde com a própria história de luta da categoria, em defesa dos direitos dos trabalhadores e da educação pública, gratuita e por uma sociedade justa e solidária.

A distinção deu à abertura do Conatee Extraordinário a marca de que guardar a memória dos trabalhadores é essencial para manter a unidade da luta. Tanto que o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, abriu as atividades destacando que exatamente nesta quinta completaram-se seis meses do crime ambiental da Vale no município de Brumadinho, em Minas Gerais. “Foi a maior tragédia cometida contra os trabalhadores no Brasil”, ressaltou, pedindo um minuto de silêncio pelas vítimas. Assim como Messias, o momento terminou com os trabalhadores da Vale também se fazendo, clamorosamente, presentes.

Na mesa de abertura participaram diretores de outras entidades e organizações nacionais, o que reforça o sentido de luta coletiva. Rodrigo Medina, do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), saudou os trabalhadores e trabalhadoras “na luta pelo direito à educação neste momento de ofensiva da ultradireita que chegou ao poder. Estamos juntos na luta pela educação como direito de todos, a fim de que atenda aos interesses comuns”. Em seu pronunciamento, Renata Mielli, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), destacou que “defender a liberdade de expressão é defender a democracia. A sociedade deve exigir do Estado a regulamentação dos meios de comunicação. O governo Bolsonaro é inimigo da liberdade de expressão, da educação e da cultura”.

“A emergência da luta democrática se impõe”

Após a abertura, teve início a mesa sobre conjuntura nacional e internacional, conduzida por Paulo de Tarso Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e ex-membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), e Renato Rabelo, presidente da Fundação Maurício Grabois. O debate ultrapassou as 21h, com ampla participação da plenária.

Vannuchi abriu as discussões clamando “Lula Livre” e, se solidarizando com os nordestinos, atacados pelo presidente Bolsonaro, lembrou que “a racionalidade está em crise”. Considerou o Judiciário atual “pior do que o da ditadura, que tinha que apelar para a Justiça Militar para suas perseguições, enquanto o atual Supremo, com as exceções que possam ter, não é guardião da Constituição, mas cúmplice de sua violação”.

Fonte: Conte

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