Acordo de livre comércio pretende a liberalização geral dos serviços públicos podendo atingir os direitos trabalhistas e acesso a transporte, telecomunicações, saúde e educação
Um acordo de comércio internacional encabeçado pelos Estados Unidos da América e a União Europeia ameaça serviços e direitos trabalhistas no mundo todo. O Tisa (do inglês Trade in Services Agreement) vem sendo negociado as escuras com a participação de mais de 50 países.
As conversas ocorrem sem a intervenção da Organização Mundial do Comércio. Se consolidado, o Tisa poderá alcançar 68,2% do setor de serviços da economia de diversos países. A negociata visa à privatização de serviços públicos o que irá desregular o mercado https://www.youtube.com/watch?v=gbxY1H6jyRgatingindo diretamente tanto direitos dos trabalhadores quanto questões essenciais como transporte, telecomunicações, saúde e educação.
A discussão sobre a entrada do Brasil no Tisa iniciou em 2016 após o afastamento da presidente eleita Dilma Rousseff. No dia 14 de agosto deste ano a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ao governo Temer propostas que visam à eliminação de barreiras ao comércio de serviços. As quais defendem a entrada do país em tratados comerciais de serviços prioritários.
A proposta ocorreu durante o lançamento da Comissão de Políticas de Comércio da Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês). Caso a inclusão seja concretizada será um desastre. A adesão ao Tisa significa a liberalização geral do setor de serviços públicos, incluindo a educação, e a radicalização na transformação da educação em mercadoria.
Confira abaixo o vídeo da Confederação Latino-americana e do Caribe de Trabalhadores Estatais (Clate) que explica didaticamente o que é o Acordo.