A greve de professores(as) e orientadores(as) educacionais da rede pública do DF começou nesta quinta-feira, 4 de maio, com uma assembleia vigorosa no estacionamento da Funarte.
A comissão de negociação informou que a reunião com as secretarias de Economia e de Educação do GDF, que aconteceu na última terça-feira (02), assegurou que a mesa de negociação será permanente durante a greve.
Tendo em vista os últimos anos que vivemos o aprofundamento da precarização na educação, tanto pelo processo pandêmico como pelo governo Bolsonaro, que não investiu na educação, aprofundou pautas retrógradas e não democráticas.
No Brasil, como no DF, toda a comunidade escolar também é obrigada a conviver com a violência dentro das escolas. Este é um problema que tem como alguns dos principais fatores a ausência de políticas para a educação pública e o descaso com este setor. Uma sala de aula superlotada, por exemplo, tem chances muito maiores de geração de conflitos.
Em 2015, o vencimento básico dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais estava mais de 100% acima do Piso Nacional do Magistério. Hoje, pela primeira vez na história do DF, Brasília, capital do Brasil, paga à categoria do magistério remuneração abaixo do Piso, ou seja, menos do que determina a lei.
O último reajuste salarial concedido a professores(as) e orientadores(as) educacionais foi em 2015. Depois de 8 anos de congelamento salarial, o governador Ibaneis Rocha anunciou reajuste de 6%, índice que não repõe sequer a inflação do período. O percentual resulta em cerca de R$ 200 a mais para a categoria do magistério. Enquanto isso, o governador aprovou reajuste de 25% para si próprio, para o alto escalão do governo e seus cargos comissionados. Para eles, o reajuste será de, em média, R$ 5 mil.