Segundo chefe do MPT/SP há um intenso e forte movimento para a extinção das leis trabalhistas


Imagem: Simon Plestenjak/UOL

 Os Brasileiros ainda vão sentir impactos negativos das reformas que reduziram a proteção dos trabalhadores nos últimos anos. A renda “per capita” está caindo, novas contratações já são feitas com salários menores do que em 2017 e empresas têm sido orientadas a demitirem seus empregados e contratarem pessoas como empresários individuais.

Foram quatro anos em que tivemos um movimento muito direcionado à flexibilização da legislação trabalhista e, ultimamente, um movimento que pode culminar na sua própria extinção.

Esta avaliação foi feita por Ronaldo Curado Fleury, em entrevista concedida para o portal UOL e publicado na ultima quarta-feira (21). O chefe do MPT/SP atravessou o período de três presidentes da República – Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.

E também do trâmite da Reforma Trabalhista, da Lei da Terceirização Ampla, da Reforma da Previdência, da Medida Provisória da “Liberdade Econômica” e de tentativas de enfraquecer o conceito de trabalho escravo.

Para ele, “a Reforma Trabalhista buscou todas formas de fraudes que existiam e legalizou. Se fosse no Direito Penal, a partir de agora roubar seria permitido”.

Ronaldo Fleury também critica firmemente um dos principais bordões do presidente Jair Bolsonaro, de que trabalhadores vão ter que escolher se querem menos direitos e emprego ou todos os direitos e desemprego.

Por fim, tratou do tema do momento: o nepotismo. “Não são poucos os casos em que prefeitos, ministros, governadores se utilizam de empresas terceirizadas para colocar parentes”, comentando casos que vêm sendo combatidos pelo órgão.

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