1ª Marcha das Mulheres Negras, aconteceu nesta quarta-feira, 18 com o tema: “Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver”. Os movimentos saíram do ginásio Nilson Nelson e foram até o Congresso Nacional. Na ocasião, as participantes foram atacadas com bombas e tiros, por parte dos integrantes do movimento pró-golpe militar, que estavam acampados na Esplanada.
O objetivo da marcha é a luta pela cidadania plena das mulheres negras, com a denúncia e combate ao racismo, machismo, a pobreza, a desigualdade social e econômica. O protesto contou com o apoio da CUT e de seus sindicatos filiados.
Os integrantes do movimento pró-golpe militar dispararam bombas para assustar as mulheres. Dois policiais civis efetuaram tiros para o alto. Um deles foi o maranhense, Marcelo Penha, que estava acampado junto aos manifestantes pró-ditadura militar. O policial foi levado para a delegacia.
Através de faixas e cartazes as mulheres denunciavam o genocídio da juventude negra brasileira, a violência contra a mulher e a desigualdade de oportunidades sociais e profissionais. As manifestantes, também gritavam “Fora Cunha”, por causa do projeto de lei que dificulta o atendimento de mulheres, vítimas de estupro no SUS. Mesmo com indignação, as mulheres espalharam alegria pelas ruas de Brasília cantarolando as músicas dos ancestrais e fazendo referência a cultura africana.
Mesmo com o triste episódio elas permaneceram firmes, unidas e mobilizadas no ato. Juntas prosseguiram as atividades. Deram a volta em frente ao Congresso e continuaram a caminhada retornando ao Nilson Nelson para atividades de encerramento com show musical.
As milhares de manifestantes ocupam o Ginásio Nilson Nelson desde o dia 16. No espaço, estão sendo realizadas várias oficinas e debates com a abordagem de temas como violência, saúde, racismo. Todos analisados sob a ótica de raça e gênero.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sinproep-DF, com informações do Sinpro-DF.
Em 19/11/2015