A reforma da Previdência será o tiro de misericórdia na aposentadoria dos professores e principalmente das professoras. A exigência da idade mínima e do tempo de contribuição impede qualquer possibilidade da categoria alcançar o seu objetivo de se aposentar. Nenhuma instituição de ensino vai empregar alguém com mais de 45 anos.
Não faltam números, estatísticas e gráficos para tentar justificar – sem êxito – a reforma da Previdência. Entretanto, todos os indicadores utilizados para tentar fazer valer uma das mais antipopulares reformas do governo golpista de Michel Temer são falsos. A verdade é que Temer, sua cúpula e aliados no Congresso escondem o que realmente acontece na Previdência Social para tentar, mais uma vez, jogar nas costas do trabalhador e da trabalhadora o que não é da sua conta.
Com menos de 3% de aprovação popular, Temer quer que o povo trabalhe mais, contribua mais, numa matemática que inviabiliza a aposentadoria da maioria dos brasileiros e das brasileiras. A proposta está na Câmara dos Deputados é chamada de PEC 287.
Com a reforma da Previdência, o homem só poderá aposentar com 100% do benefício se tiver 65 anos de idade + 40 anos de contribuição do INSS. Se for mulher, terá que ter 62 anos + 40 anos de contribuição.
Sendo assim, já que em 53% dos municípios brasileiros a expectativa de vida é inferior aos 65 anos, a população irá trabalhar até morrer, sem direito de se aposentar.
Rombo que não existe
A CPI da Previdência comprovou que o governo não precisa cortar direitos dos trabalhadores para melhorar o caixa da Previdência Social. Com isso, foram desmascaradas as mentiras que tentam justificar a falsa necessidade da reforma da Previdência de Michel Temer.
Na realidade, não é o trabalhador que suga as receitas da Previdência Social. O suposto rombo é causado pelos seguintes fatores, segundo a CPI:
Desvio de recursos: Em 2016, com a DRU (Desvinculação de Receitas da União), R$ 91,87 bilhões foram desviados para outros setores.
Farsa: Só de fraude no pagamento de benefícios, foram contabilizados R$ 56 bilhões
Anistia para ricos: Temer perdoou R$ 43,4 bilhões da dívida que bancos e megaempresários tinham com a Previdência.
Isso sem falar que grandes empresas devem mais de R$ 450 bilhões ao INSS. Frigoríficos e mineradores estão no topo da lista de maiores devedores, e continuam com suas regalias e concessões.
Fonte: CUT-DF