Professores paulistas da rede particular param e dão exemplo de coragem e vão a Dissídio

Categoria interrompe atividade pela segunda vez em menos de uma semana. Reivindicação é por manutenção dos direitos adquiridos

Professores de mais de 100 escolas da rede particular de ensino de São Paulo interromperam suas atividades nesta terça-feira 29 e aderiram às manifestações da categoria. A principal reivindicação é a manutenção dos direitos já previstos na atual convenção coletiva, segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP). É a segunda paralisação em menos de uma semana.

Na capital paulista estão previstas aulas públicas dentro das escolas e em praças da cidade. A partir das 14 horas, os professores se concentrarão na sede do Sinpro-SP, onde haverá um assembleia que definirá se novas paralisações serão feitas ou se haverá greve por tempo indeterminado. Em seguida, a categoria se reunirá na avenida Paulista para uma manifestação.

Representantes do sindicato afirmam que estão abertos para negociar dentro de um limite. O mínimo, segundo eles, é a permanência dos direitos já adquiridos.

A categoria não faz greve há 15 anos e está há dois meses em impasse com o sindicato patronal, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), pela aprovação da convenção coletiva.

Representantes do sindicato afirmam que estão abertos para negociar dentro de um limite. O mínimo, segundo eles, é a permanência dos direitos já adquiridos.

A categoria não faz greve há 15 anos e está há dois meses em impasse com o sindicato patronal, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), pela aprovação da convenção coletiva.

Inicialmente, a proposta do Sieesp era pela alteração de pelo menos 40% das 64 cláusulas da convenção, entre elas a diminuição do tempo de recesso remunerado dos professores no fim do ano, a fragmentação das férias ao longo do ano – ao invés de férias coletivas em junho e julho – redução das bolsas de estudo para filhos de professores e fim da garantia semestral de trabalho para docentes há mais de 22 meses na escola. Atualmente, caso o professor seja demitido em abril, por exemplo, ele recebe até junho.

A negociação entre os sindicatos estava sendo feita em audiências de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas diante da recusa de ambos, o impasse irá a julgamento.O relator do caso já foi definido e será o magistrado Fernando Álvaro Pinheiro. No entanto, a apreciação do caso não tem data marcada.