32 escolas da capital estão sem aula nesta quarta-feira (23). Sindicato não aceitou convenção que propõe, entre outras coisas, redução da licença-remunerada.
Professores do ensino básico de 32 escolas tradicionais da rede particular da cidade de São Paulo não deram aulas nesta quarta-feira (23) em protesto contra a revisão dos benefícios, segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP). Ao todo, a cidade tem 2.500 escolas de educação básica na rede particular.
Dentre as escolas que aderiram à paralisação estão o Colégio Equipe, na região central de São Paulo, Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, Zona Oeste, e a Escola Nossa Senhora das Graças – Gracinha, que fica no bairro do Itaim Bibi, Zona Sul da capital paulista.
Dentre as reivindicações dos professores, estão manter os 30 dias de recesso no final do ano (o sindicato patronal quer reduzir para 23 dias), manter o número de duas bolsas de estudo para os filhos dos professores (o sindicato quer reduzir de duas para uma em escolas com menos de 200 alunos, desde que o professor dê pelo menos 10 aulas na escola). Os professores também lutam contra o fim (ou a inviabilização ) da garantia semestral de salários (que regula o valor recebido em caso de demissão), das férias coletivas e a possibilidade de redução de salários por acordo.
O sindicato não aceitou propostas dos patrões na convenção coletiva, que segundo a entidade retiram direitos, e levou o caso ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Para a diretora do Sinpro Silvia Barbara, os patrões querem mudar as regras.
“Eles querem a redução do recesso da licença-remunerada, que normalmente é de 22 de dezembro a 21 de janeiro. Na prática, voltaríamos a trabalhar no começo de janeiro. Além disso, querem acabar com as férias coletivas. Como os professores geralmente dão aula em mais de uma escola, sem férias coletivas eles nunca terão férias de escolas diferentes em períodos que coincidam”, explica Silvia.
Nova assembleia nesta quarta-feira deverá definir se os professores entrarão em greve.
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