O governador não cravou uma nova data, mas disse entender que o ano letivo está comprometido
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse, na tarde desta quinta-feira (07/05), que ainda não decidiu a data para a reabertura das escolas no Distrito Federal. Mas ele descartou volta às aulas em maio. “O ano letivo está quase perdido, está comprometido”, disse o emedebista, logo após reunião com a juíza Kátia Balbino de Carvalho Ferreira, da 3ª Vara Federal Cível, representantes do setor produtivo e do Ministério Público, no Palácio do Buriti.
Em 1º de abril, diante da expansão do número de casos do novo coronavírus no Distrito Federal, o governador ampliou o período de suspensão das aulas. Por meio do decreto publicado nesta data, as escolas, universidades e faculdades das redes de ensino pública e privada devem continuar fechadas até o dia 31 de maio.
O problema é que, segundo o GDF, o pico da curva da doença no DF será em junho. Em 24 de abril, Ibaneis garantiu à coluna Grande Angular que nenhuma medida seria tomada sem que o governo tenha segurança sobre as consequências da iniciativa.
Por precaução, nesta quinta, o governador prorrogou em mais uma semana a reabertura do comércio. Em decisão sobre uma ação civil pública dos Ministérios Públicos Federal e do DF, a juíza Kátia de Carvalho suspendeu a retomada das atividades no dia 11 de maio, como o governo havia previsto inicialmente.
Antes de decidir sobre o assunto, a magistrada quis mais detalhes sobre as medidas que estão sendo adotadas para conter o coronavírus no DF. A juíza estabeleceu exigências durante a reunião para a reabertura de parte comércio local, planejada pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Segundo a magistrada, os shoppings não poderiam receber crianças e teriam limitação de público – por exemplo, 500 pessoas por turno.
Ela também determinou prazo até segunda-feira (11/05) para o Executivo local apresentar a documentação a fim de provar a segurança da retomada das atividades, sem que haja o perigo de contágio do novo coronavírus. As respostas serão incluídas no processo, segundo o GDF. “De modo que a gente restabeleça os poderes do Executivo para continuar governando a cidade. Ou a gente abre (o comércio) de forma controlada, ou (os comerciantes) vão abrir na marra“, alertou o governador.