Execução de Marielle Franco escancara a farsa da intervenção e a escalada do terror no Rio

NOTA DE PESAR:

O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal – Sinproep- manifesta seu pesar, repúdio e choque, tristeza e revolta diante do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro, na noite de ontem (14).

A execução de Marielle, mulher jovem, negra e defensora dos direitos humanos se deu precisamente no momento em que ela denunciava os abusos de autoridade e a violência contra moradores das favelas e bairros pobres da cidade, por parte de integrantes de um batalhão da Polícia Militar. Sua morte põe em xeque a política de intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro, escancara a farsa da intervenção e causa preocupação aos setores organizados, movimentos sociais e de trabalhadores, com a perspectiva da escalada do terror, em um momento crucial da vida brasileira.

Para o Sinproep-DF, em concordância com o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis. a morte de Marielle Franco reproduz, na mesma dimensão histórica, a morte de Edson Luís de Lima Souto, estudante secundarista brasileiro assassinado em março de 1968, há exatamente 50 anos, por policiais militares, durante um confronto no restaurante Calabouço, centro do Rio.

Neste momento trágico para as forças progressistas e democráticas, a diretoria do Sinproep-DF, expressa sua solidariedade à família e aos amigos de Marielle, bem como a toda a militância do PSOL, e se une às vozes que exigem apuração rigorosa desse crime e reafirma sua luta no combate a escalada de terror, violência e os abusos de poder, sobretudo contra os pobres e moradores das comunidades periféricas.

Temos que reagir ao golpe, ao ódio e a intervenção militar. Ao invés de repressão, fundamentalismo religioso e fascismo, precisamos de educação, saúde e democracia. Chegou à hora de reagir. Viva Edson Luís. Viva Marielle Franco