Demissões na Estácio chegam ao Distrito Federal

(foto/Divulgação)

A direção do Sinproep-DF recebeu notícia de que a unidade de Brasília começou as demissões a partir de dezembro. Nesse sentido o Sindicato está estudando junto ao seu Departamento Jurídico e a Contee, medidas judiciais que impeçam a demissão em massa de professores no DF. As medidas estão ancoradas na reforma trabalhista aprovada pelo governo, que tende a se intensificar em 2018, se a categoria não se mobilizar a nível nacional, para deter essa avalanche contra o setor privado de ensino.

O blog Exame da Revista Abril publica matéria do jornalista Lucas Amorim sobre a demissão de 1.200 professores, que é a mais extrema medida da obsessão das redes de ensino na buscam  o controle de custos para aumentar cada vez mais os seus lucros.

O grupo de ensino Estácio confirmou, em nota divulgada nesta terça-feira, que demitiu profissionais da área de ensino. Segundo revelou o jornal O Globo, a empresa vai demitir 1.200 professores num processo de reposição de quadros, em que serão contratados, segundo a companhia, o mesmo número de docentes. A demissão em massa é o mais novo episódio da maciça reestruturação de custos não só da instituição de ensino fluminense, como de todo o setor de educação superior.

Os cortes da Estácio, neste sentido, são apenas a ponta de lança de um movimento de enxugamento que, segundo o consultor, pode ganhar força ao longo de 2018. Segundo dados da Atmã, a Kroton aloca 19,8% de sua receita para gastos com professores, enquanto a média de instituições isoladas está em 41%. A Estácio gasta quase isso: 40%.

EXAME apurou que a Estácio está aumentando o número de alunos por professor em sala da aula, como forma de reduzir custos. Para executivos da Estácio, isso não afetará a qualidade se as universidades tiverem ensino padronizado. A empresa também reduziu o orçamento de marketing e mudou a sede de um prédio de escritórios para dentro de um de seus campi.

Desde que a fusão com a Kroton foi negada pelo Cade, em junho, a companhia adotou uma série de medidas para cortar custos, sob a gestão de Pedro Thompson. Demitiu 125 nomes da diretoria e do segundo escalão da gestão, encerrou o departamento de inovação, e fechou três campi, que atendiam 10.000 alunos.

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https://exame.abril.com.br/negocios/o-que-as-demissoes-da-estacio-revelam-sobre-o-setor/