Dieese lança estudo inédito sobre saúde do trabalhador na negociação coletiva de trabalho

Nesta terça-feira (19), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) lançou a pesquisa “A saúde do Trabalhador no processo de negociação coletiva do trabalho”. O objetivo do documento é analisar o conteúdo das cláusulas negociadas e das reivindicações de greves que abordam o tema saúde do trabalhador.

De acordo com o documento, o contexto atual coloca novos desafios para a ação sindical. “Na pauta de reivindicação deverá estar incorporada a questão do adoecimento mental, para ser negociada com o setor patronal ou governo”, orienta.

O estudo mostra que entre 2010 e 2011, a propositividade das greves (284 greves) foi predominante em relação à defensividade (243 greves). Esses dados mostram um grande problema que assola os trabalhadores: “as cláusulas negociadas e a legislação não estão sendo cumpridas pelos empregadores.”

Ainda conforme a pesquisa, “a negociação coletiva é uma ferramenta de intervenção, com o potencial de obter avanços significativos para a saúde dos trabalhadores, mas, para que isso surta efeito, é preciso que as cláusulas acordadas voltem maior atenção para as causas do adoecimento, utilizando a legislação como base para avanços.”

“É necessário, ainda, dar voz aos trabalhadores para que eles relatem como vivenciam o trabalho, quais as dimensões que eles sentem que têm impactos sobre a saúde deles, de maneira positiva ou negativa, principalmente no caso de doenças mentais, que, na maior parte das vezes, têm causas multidimensionais, ou seja, resultam da soma de diversos fatores, além de serem menos visíveis”, concluiu.

As informações do estudo foram coletadas de dois bancos de dados do Departamento, o Sistema de Acompanhamento de Contratações Coletivas (SACC) e o Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG).

Leia a pesquisa completa clicando aqui.

Fonte: Assessoria de Imprensa do SINPROEP-DF, com informações do Dieese.

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