Aulas continuam suspensas, audiência de conciliação propõe protocolo

Na tarde desta quinta-feira (20), aconteceu uma audiência de conciliação virtual para definir o retorno das atividades presenciais na rede privada do Distrito Federal. O encontro teve a participação do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep-DF), o sindicato que representa as escolas, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Governo do Distrito Federal (GDF).

Após seis horas de debate, mediado pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), Pedro Luis Vicentin Foltran, foi elaborado um cronograma de volta para o dia 21 de setembro, proposto pelo MPT. Porém, cada entidade irá consultar as bases e realizar uma nova audiência na próxima segunda-feira (24), às 16h.

O Sinproep irá debater com a categoria a possibilidade de retomada das aulas presenciais somente para a educação infantil e ensino fundamental 1, a partir do dia 21 de setembro. Já o ensino fundamental 2 e o ensino médio só retornarão quando o GDF apresentar um calendário da rede pública, tendo em vista a faixa etária desses alunos que continuam com aulas remotas em alta qualidade.

De acordo com o procurador que representou o GDF na reunião, Alberto de Medeiros Filho, será discutido a possibilidade do governo oferecer a testagem de Covid-19 aos professores das escolas particulares. “Vou levar esse acordo para o GDF analisar, mas não posso tomar uma decisão de imediato, pois dependo de um superior para isso. Porém, garanto que a resposta será rápida”, afirmou.

Além da testagem para os docentes, o Sinproep sugeriu a criação do Comitê de Acompanhamento, em uma força-tarefa com os cinco procuradores do MPT. “Todas essas propostas serão aprofundadas na próxima audiência. Para o sindicato, é uma vitória. Até então, o decreto do governador, Ibaneis Rocha, estava previsto o retorno presencial para o dia 27 de julho”, destacou o diretor jurídico do Sinproep, Rodrigo de Paula.

Segundo a presidente do Sinproep, Karina Barbosa, o sindicato dos professores e o patronal buscará, juntos, a melhor solução. “Nós não estamos em uma guerra, estamos buscando construir a melhor saída, continuamos abertos ao diálogo”, ressaltou.

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