O Observatório PrEpidemia da Universidade de Brasília, as taxas de mortalidade, letalidade e hospitalização apresentadas até o momento demandam grande atenção dos governos. Como ainda não há tratamento efetivo ou vacina, as ações adotadas visam a redução da transmissão do vírus e a melhor assistência médica, no que concerne à capacidade dos hospitais de atendimento aos enfermos, preparação dos profissionais para atuar perante casos da Covid-19, disponibilização de efetivo para atuar no atendimento, entre outros.
Ainda de acordo com o Observatório, nesse contexto, as medidas de controle encontram-se relacionadas ao isolamento social, tais como fechamento de escolas, empresas públicas e privadas, e comércio, impactando na vida dos cidadãos e na economia. Como exemplo, a expectativa da taxa de crescimento do PIB no Brasil, para 2020, foi revista pelo Boletim Focus, publicado pelo Banco Central, de 2,30% (em 03 de janeiro) para -2,96% (em 20 de abril) em razão dessas medidas. Há ainda cenários mais pessimistas, como as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), de queda ainda maior, -5,3%.
Há uma relação entre economia e controle da pandemia, que não é totalmente antagônica. O isolamento social diminui os óbitos e afeta a economia, assim como o não isolamento aumenta o número de óbitos, que, por sua vez, também afeta a economia. No outro sentido, a parada ou recessão econômica reduz os recursos (bens de consumo, inclusive hospitalares) disponíveis para o combate da pandemia. Nota-se ainda que impactos econômicos, como desemprego, geram outros problemas sociais, como aumento da criminalidade.
Nesse cenário, o grande desafio do governo está no controle sustentável da pandemia, apoiado em decisões fundamentadas pela ciência, assegurando o impacto mínimo nas vidas dos cidadãos, na sociedade e na economia.
Com base nesses estudos, a diretoria do Sindicato encaminhou ofício ao governador Ibaneis Rocha externando a preocupação com a manifestação do setor empresarial de ensino, para que o governo decrete o retorno imediato das atividades escolares, em 1º de junho, no instante em que a pandemia da Covid-19 no Brasil, conforme constata o estudo do Observatório PrEpidemia.