Pressão dos sindicatos e da ASPA em reunião na Comissão de Educação da CL-DF faz Ibaneis recuar na retomada das aulas

Comissão de Educação da CL-DF

A Comissão de Educação da Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou nessa quarta-feira (22) uma reunião on-line, com a participação do Sinproep-DF, do Sinpro-DF e de representantes de pais de alunos de colégios militares e das escolas de gestão compartilhadas do DF, que manifestaram preocupação com início de volta as aulas em meio a pandemia da Covid-19.

A audiência convocada pelo deputado distrital, Jorge Vianna (Podemos), presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do DF (CLDF) e contou com a participação dos membros da comissão e de diversos deputados distritais e representantes do Sindicato do Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal  (Sinproep-DF), Rodrigo de Paula; do Sinpro-DF, Rosilene Correia e, da Associação dos Pais e Alunos do DF (ASPA-DF), Alexandre Veloso.

A reunião ocorreu, após o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), solicitar apresentação de estudos para eventual reabertura dessas unidades de ensino médio, logo a partir da segunda-feira 27/04.

Durante a reunião, ficou clara a preocupação dos representantes dos pais de estudantes dos colégios militares e das escolas compartilhadas, e dos representantes dos trabalhadores da educação e ASPA, em relação ao anúncio da reabertura das escolas. Isso por considerarem precipitada a iniciativa do governador, uma vez que as unidades de ensino não contam com estrutura adequada para lidar com a pandemia do coronavírus (Covid-19).

Além das poucas estruturas das salas de aulas, dos profissionais de educação não contarem com preparo e com insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é prematuro a retomada das atividades com estudantes.

O diretor jurídico do Sinproep-DF, Rodrigo de Paula, reconheceu a importância do isolamento social, anunciado pelo governador, no início da pandemia. Observou que, escolas militares não são diferentes das demais unidades de ensino e a única diferença é que são estruturas militares.

Assim, “Cogitar o retorno as aulas nesse momento, eu acho muito precipitado. Principalmente para os profissionais do setor privado, que estão sofrendo com a pressão da aplicação de medidas provisórias que permitem redução salarial, de carga horária e de suspensão de contratos de trabalho, de forma unilateral, o que vem provocando mais precarização nas relações de trabalho”, afirmou Rodrigo.

Durante a reunião, o chefe da Casa Civil informou que Ibaneis expediu ofício à Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF), para que realize estudo do impacto de eventual reabertura das escolas, de gestão compartilhada. Monteiro observou, no entanto, que o governador, não deve tomar decisão sem estudos e embasamentos que tragam segurança ao Executivo, para retomar o início das aulas, o que deve ocorrer, inicialmente, com estudantes de nível médio.

Na ocasião da reunião, Jorge Vianna, bem como Reginaldo Veras, por propostas das entidades representativas dos trabalhadores e dos pais dos alunos, pediram a participação nas iniciativas, que  vão tratar do retorno as aulas dos estudantes de nível médio. Sugestão essa acatada pelo chefe da Casa Civil.