Reforma trabalhista foi feita para estimular a fraude patronal

Fazer valer as Convenções Coletivas e os Acordos, (o acordado sobre o legislado) para que as homologações sejam feitas no Sindicato é uma saída

Vendida pelos ideólogos neoliberais como remédio para o desemprego em massa, a reforma trabalhista aprovada durante o governo ilegítimo de Michel Temer não contribuiu para debelar o problema, conforme sugerem as estatisticas sobre o comportamento do mercado nos dois primeiros anos de sua vigência. Em contrapartida, como alertaram os críticos, a nova legislação precarizou ainda mais as relações trabalhistas e está estimulando as fraudes patronais contra os trabalhadores.

Isto ocorre no rastro do enfraquecimento dos sindicatos, dos quais foram retiradas várias competências e atribuições, além da Contribuição Sindical compulsória. O alvo do ataque aos sindicatos é, na verdade, o trabalhador e a trabalhadora das bases, como mostra esta reportagem da SBT sobre as rescisões pós reforma que já não são realizadas com o acompanhamento das entidades.

As entidades sindicais precisam buscar uma forma de esclarecimento das suas bases, para deter essa agenda de corte de direitos e seguir incentivando aos trabalhadores a resistir, para salvar o que resta de trabalho com direitos e impedir a volta ao século 19, quando os senhores da casa grande escravizaram e criaram uma mentalidade desumana que o tempo, infelizmente, não apagou.

Não podemos assistir passivamente à destruição do trabalho decente e o retorno às senzalas, assim como não se pode tolerar o desmonte do Estado democrático de direito. Enquanto não existe mobilização de rua capaz deter os avanços sobre os direitos, devemos procurar o caminho da Justiça, em todos os âmbitos, para derrotar a política de retrocessos das elites.

Fonte: CTB-Brasil