Na próxima segunda (21), pelo menos 35 cidades do país realizarão atos em defesa da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais. Organizadas pela Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (ABRAT), as atividades contam com a participação de inúmeras entidades da sociedade civil, e tem como principal objetivo a manutenção do segmento da Justiça que defende o trabalhador.
No Distrito Federal, a ação ― que terá a presença da CUT Brasília e de seus sindicatos filiados ― acontece em frente à Justiça do Trabalho, na 513 Sul, a partir das 10h.
A série de atos pelo Brasil foi desencadeada após o presidente eleito da extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), em entrevista ao SBT, criticar o excesso de ações trabalhistas e afirmar que a ideia de extinguir a Justiça do Trabalho estaria sendo estudada pelo seu governo.
“Essas manifestações são continuidade de um trabalho desenvolvido pela entidade contra o fim da Justiça do Trabalho. O que defendemos é a manutenção de toda a estrutura que garante a justiça social. Tirar essa especificialidade da Justiça do Trabalho é fragmentar sua atuação e fragilizar a defesa do trabalhador. É uma perda muito grande para a classe trabalhadora. Um retrocesso”, afirmou a presidenta da Abrat, Alessandra Camarano.
Para o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, a extinção da Justiça do Trabalho é mais uma etapa do golpe contra os trabalhadores.
“Os ataques se acirraram com a reforma trabalhista. Na sequência, ocorreu a extinção do ministério do trabalho, responsável por fiscalizar os abusos contra os trabalhadores. Agora, ameaçam acabar com a Justiça do Trabalho, o único instrumento que resta para defender o cumprimento dos direitos trabalhistas. Não podemos admitir que isso aconteça. Por isso, é importante que todas as entidades CUTistas participem e engrossem esse ato”, disse.
Fonte: CUT Brasília