Em assembleia realizada nesta quinta (13), os professores da rede pública do Distrito Federal aprovaram a pauta de reivindicações a ser pleiteada junto ao governo de Brasília no próximo período. A última atualização do documento foi realizada em 2015 e, desde então, os docentes, orientados pelo Sinpro ― sindicato que representa a categoria ― lutam para conseguir melhorias. Nos próximos dias, o texto atualizado será entregue a todos os candidatos ao GDF e sistematicamente cobrado daquele que for eleito.
Dividida em cinco eixos, a pauta trata de assuntos diversos, como salário, benefícios, qualidade social, gestão democrática, formação, e saúde dos docentes. Dentre as principais reivindicações, estão a isonomia salarial com a média das carreiras de nível superior do GDF ― meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE); ampliação dos investimentos em educação pública de 25% para, no mínimo, 30% da arrecadação do GDF; implantação do plano de saúde pago, integralmente, pelo GDF.
Compõem as reivindicações também a realização de concursos públicos para suprir a carência no efetivo, ampliação da licença-paternidade para seis meses ― inclusive, para pais adotivos ―, e a garantia de formação continuada para professores e orientadores.
Além disso, a categoria debateu itens da pauta atualizada em 2015, que foram parcialmente conquistados, mas que ainda permanecem em negociação. É o caso da luta pela garantia de que todas as escolas públicas tenham estruturas acessíveis para estudantes, professores e membros da comunidade portadores de necessidades especiais.
“Hoje, a categoria compareceu e deu uma demonstração de que não está disposta a abrir mão de seus direitos e de novas conquistas. Desde 2015, temos lutado pela manutenção do que conquistamos. A partir dessa atualização, seguiremos em frente, lutando para garantir melhorias aos professores e uma educação pública de qualidade para nossos alunos”, explicou a diretora do Sinpro, Rosilene Correa.
Pauta de mobilização
Em junho, a categoria aprovou um calendário de mobilização. Uma das atividades prevista é o “Seminário por uma educação antirracista e sem LGBTFobia”, que ocorrerá no auditório do Sinpro, nos dias 26 e 27 de setembro.
“Foi extremamente importante a atualização da pauta de reivindicações da categoria e o próximo passo é avançarmos nas conquistas. Com o cumprimento do calendário de mobilização e a unidade de todos os docentes, obteremos êxito, com certeza. Mas, é essencial que todos assumam esse compromisso de lutar pelos direitos coletivos”, avaliou o presidente interino da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.
Fonte: CUT Brasília