Você sabe para onde vai o seu lixo? Essa é a pergunta que todos os brasilienses deveriam fazer, pois é nesse caminho que podem encontrar a solução para o desafio ambiental do descarte correto dos resíduo
Com o fechamento do antigo “Lixão da Estrutural”, esse caminho leva a um destino certo: o Aterro Sanitário de Brasília. O equipamento tem capacidade para receber 8,13 milhões de toneladas de lixo e foi construído de acordo com as melhores técnicas de engenharia para não contaminar o solo e os lençóis freáticos. Ainda assim, fica a preocupação com os materiais que levam décadas para se decompor e que poderiam deixar de ser aterrados no local.
E os catadores do antigo lixão? Eles têm um papel importante nesse resultado. Por isso, o encerramento das atividades do lixão foi precedido pela inclusão desses trabalhadores na cadeia produtiva da reciclagem.Cooperativas de catadores foram contratadas pelo SLU para realizar a triagem do material reciclável em galpões cobertos, com banheiros, bebedouros, além de rotina de trabalho e regras de convivência. Cerca de 700 catadores toparam esse desafio e, além do valor da venda dos materiais, as cooperativas recebem entre R$ 250 e R$ 350 por cada tonelada comercializada.
Os resíduos que chegam aos galpões de triagem vêm da coleta seletiva, realizada em 25 Regiões Administrativas do DF por uma empresa terceirizada e por11 cooperativas de catadores contratadas pelo SLU para cumprira rota em 15 regiões. Cada cooperativa visita as residências para orientar a população sobre os dias e os horários da coleta, contribuindo para conscientizar os moradores e para aumentar o volume de material reciclável. O resultado, aos poucos, começa a aparecer na renda dos catadores e, consequentemente, vai refletir na vida útil do Aterro Sanitário de Brasília e no meio ambiente.