Em defesa da Petrobrás
Pela redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha
Em defesa da Soberania Nacional e da Democracia
Em consequência da crise que se aprofunda no País, após o golpe que apeou a presidenta Dilma do poder, em um movimento orquestrado pelo capital financeiro internacional e por amplos setores do empresariado brasileiro e através de seus representantes nos Poderes Legislativo e Judiciário, ação que destituiu uma presidenta legitimamente eleita para substituí-la por um programa elitista e entreguista, que fora derrotado nas urnas em 2014, enreda o povo e os trabalhadores na mais desastrosa recessão.
A Petrobrás, uma empresa construída por meio da luta do povo brasileiro, nas grandes jornadas “do petróleo é nosso”, foi uma das primeiras a sentir os duros impactos do golpe. Desde que a operação Lava-Jato passou a intervir nos rumos políticos e econômicos do país por meio somente de “convicção” de alguns juízes e procuradores, a empresa vem sofrendo intenso processo de desgaste e desvalorização.
O golpe alterou substancialmente a política de preços da Petrobrás, bem como as políticas de concessão e exploração do petróleo e do pré-sal e vinculou a política de preços ao mercado internacional, com isso foram mais de 200 reajustes de combustíveis em 2 anos de golpe. Vale lembrar que nos 13 anos dos governos de Lula e Dilma foram apenas 16 reajustes nos combustíveis.
No período desse governo ilegítimo, reservas foram entregues ao mercado internacional e o próprio modelo de produção sofreu mudanças estruturais, oo abrir mão da soberania sobre a política energética, o que levou os golpistas a submeteremm o povo brasileiro a pagar preços abusivos por combustíveis e gás.
Para nós, professores do segmento particular de ensino do Distrito Federal, este é o momento de erguermos trincheiras em defesa da Petrobrás, da soberania nacional e da democracia. Defender a Petrobrás também é defender os investimentos e o financiamento da Educação nos moldes preconizados nas metas do PNE. Não podemos assistir calados o desmonte de um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, que já provou seu enorme potencial de gerar desenvolvimento e distribuição de renda. Muito menos podemos aceitar que seja o povo a pagar a conta da ânsia destruidora da elite colonialista e entreguista do Brasil.
Elites, cujos atos colocam o país refém dos interesses do mercado internacional e ampliam vergonhosamente as desigualdades, a exclusão e a marginalização. Não podemos assistir passivamente movimentos reacionários impondo uma agenda autoritária e defendendo a intervenção militar como remédio para os problemas do país. Precisamos sim é de intervenção literária, de educação, de saúde, de alimentação e de segurança para o nosso povo. Precisamos sim de mais democracia, mais participação popular e transparência com os investimentos nas políticas públicas.
Neste sentido, apoiamos a greve nacional dos petroleiros, que se inicia nesta quarta-feira, dia 30 de maio, contra o aumento dos preços nos combustíveis e no gás de cozinha.
O Sinproep-DF, alicerçado na história de defesa dos interesses dos trabalhadores, reitera, ainda, a luta pela democracia e pela soberania popular com a realização de eleições livres e diretas com a participação de todas as candidaturas e repudia qualquer proposta de intervenção militar.
Pela defesa da Petrobrás;
Fora Temer e Pedro Parente.
Diretoria do Sinproep/DF
Brasília-DF, 29 de maio de 2018