A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) promove um abaixo-assinado, que será entregue à diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultural (Unesco), Irina Bokova, no qual exige que a entidade ouça as vozes de professoras, professores, estudantes e famílias de todo o mundo que resistem à mercantilização da educação.
O documento trata sobre a meta de alcançar em 2030 uma Educação para Todos e Todas, sem exclusões, decidida durante o Fórum Mundial da Educação, em Icheon (Coreia), em maio de 2015.
De acordo com a carta, o encontro foi norteado por uma ofensiva neoliberal promovida nos últimos tempos contra a educação. Para a Contee, essa ofensiva “se expressa em tendências como: a avaliação docente punitiva; a simplificação mercantil de uma modalidade de qualidade educacional mensurável do ponto de vista quantitativo com provas elaboradas e motivadas por instâncias econômicas globais; assim como políticas de salários e condições de trabalhos inapropriadas em muitos lugares do planeta. Tudo isso evidencia a precária valorização do papel do magistério como construtor de sociedades democráticas, pacíficas, igualitárias, solidárias e comprometidas com a proteção da vida no planeta.”
Ainda conforme o documento, professores e especialistas em educação de todo o mundo têm visto com preocupação a postergação do enfoque educativo integral pelas instâncias internacionais. A carta sugere que “deveriam ser potencializados os modelos e filosofias educacionais a partir de uma compreensão holística da educação que assuma a força da relação dialética entre o global e o local nos sistemas educativos e na própria sala de aula.”
Enfim, considera insubstituíveis, nos Fóruns Internacionais de Educação, “as vozes dos educadores, dos estudantes e de outros especialistas em educação que resistem à mercantilização da educação e a pretensão de uma robotização” dos seres humanos pelas instituições educativas.
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