Confira a Carta-documento da CONTEE:
“O ensino superior brasileiro agoniza!”, expressa a Carta da Contee, que expõe as razões para a mobilização nacional contra a precarização da educação privada no Brasil.
“Os números do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) relativos ao Censo da Educação Superior 2020 não deixam margem para contestações: das 2.457 IES existentes, 2.153 são privados, distribuídas em 91 universidades, 310 centros universitários e 1.752 faculdades.”
“Tais IES privadas concentraram, em 2020, 6.724.002 matrículas (77,5% do total), contra 1.956.352 (22,5%) nas públicas. Também ofertaram 95,6% das vagas em graduação, ao passo que, nas públicas, a oferta correspondeu a 4,4%.”
“Entre 2010 e 2020, houve queda de 13,9% no ingresso em cursos presenciais e aumento de 428,2% na modalidade à distância — que, a rigor, não passa de “educação distante”, em todas as dimensões —, fazendo-a saltar de 17,4% para 53,4% do total de matriculados. No quesito padrão de qualidade social, a busca pelo barateamento dos custos fez prevalecer essa modalidade, bem como as atividades acadêmicas remotas, cujo crescimento acabou ‘justificado’ pela pandemia.”
Por entendimento da maioria, a carta deve ser fechada nesta quarta-feira (10), com “enxugamentos” e “propostas”, mas com a manutenção da estrutura com a qual foi apresentada pela Secretaria de Comunicação da Contee.