Nesta quinta-feira (27), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicou o caderno Estudos e Pesquisas com o balanço das negociações dos reajustes salariais do primeiro semestre de 2015. De acordo com o estudo, o aumento real médio caiu e apresentou o menor valor desde 2008 (0,51%), quando o departamento passou a acompanhar o resultado das negociações coletivas.
A análise revelou que esse foi o semestre mais difícil para os trabalhadores desde 2008 e que a maior dificuldade para a conquista de aumentos reais pode ser explicada, em grande medida, pela elevação dos índices de inflação no ano.
A publicação mostra que, no primeiro semestre do ano, foram observadas a maior proporção de reajustes com perdas reais (15%), a menor proporção de reajustes com aumento real (69%) e o menor aumento real médio (0,51% acima do INPC-IBGE) no período.
A inflação acumulada em 12 meses que era de 6,2% em janeiro, segundo o INPC-IBGE, registrou alta nos meses de fevereiro, março e abril. Em maio se estabilizou e voltou a subir em junho, fechando o semestre em 8,8%. Os reajustes necessários para repor a inflação foram se tornando mais altos mês a mês. O reflexo da dificuldade de se negociar reajustes com ganhos reais pode ser constatado ao se comparar os resultados de janeiro (92%) e maio (50%).
Números – No setor econômico de Serviços, onde se encontra a Educação, os ganhos reais foram observados em 74% das negociações, e perdas, em 12%. O Comércio apresentou maior proporção (76% de ganho e 7% de perda) e a Indústria teve o desempenho mais fraco (61% de ganho e 20% de perda). Na Educação, 75% conseguiram negociar acima da inflação e 25% se manteve igual.
Por região, o Centro-Oeste, que em 2014 havia registrado a maior média de aumento real (1,56%), foi a que apresentou o resultado menos favorável (0,17%).
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